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Crawford, RMM. 1992. Oxygen availability as an ecological limit to plant distribution. Advances in Ecological Research 223, 93-185.
Junk WJ, Piedade MTF, Schöngart J, Cohn-Haft M, Adeney M, Wittmann F 2011. A classification of major Amazonian wetlands. Wetlands 31(4): 623-640.
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Junk, WJ. 2000. The central Amazon River floodplain: Concepts for the sustainable use of its resources. In: Junk, WJ; Ohly, JJ; Piedade, MTF; Soares, MGM. Editors. The Central Amazon Floodplain: Actual Use and Options for a Sustainable Management. Backhuys Publ. Leiden, pp. 75-94.
Piedade, M.T.F.; Ferreira,C.S.; Oliveira Wittmann,A.; Buckerigde,M.;Parolin,P. 2010.Biochemistry of Amazonian Floodplain Tress. In: Junk, W.J; Piedade,M.T.F.;Wittmann,F; Schongart,J.; Parolin,P. (eds). Amazonian Floodplain Forests:Ecophysiology, Biodiversity and Sustainable Management. Springer Verlag, Berlin,Heidelberg, New York, p.243-256.
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Wittmann, F.; Householder, E.; Piedade, M. T. F.; Assis, R. L.; Schöngart, J.; Parolin, P.; Junk, W. J. 2013. Habitat specifity, endemism and the neotropical distribution of Amazonian white-water floodplain trees. Ecography 36, 690-707.
Wittmann F., Junk W. J. (2017). Amazon river basin. The Wetland Book II: Distribution, Description and Conservation, eds Finlayson CM, Milton R, Prentice C, Davidson NC (Springer Netherlands, Rotterdam), pp 1–16.
REFERÊNCIAS
Áreas Úmidas (AUs) Amazônicas são ambientes nos quais a saturação do solo por água e/ou inundação episódica, periódica ou permanente pelo transbordamento lateral de rios ou lagos e/ou pela precipitação direta ou pelo lençol freático, selecionaram uma biota composta por comunidades específicas, ajustadas ao ambiente físico-químico por meio de adaptações morfológicas, anatômicas, fisiológicas e etológicas (Junk et al. 1989). Isto decorre do fato de que a inundação parcial ou total de plantas exerce um rápido decréscimo na aeração do solo e nos tecidos das plantas, o que implica na atuação conjunta de vários fatores estressantes concorrentes (Crawford 1992, Larcher 2001, Jackson & Colmer 2005). Angiospermas sujeitas à alagação frequentemente compensam as condições anaeróbicas com o desenvolvimento de adaptações específicas, que podem ser de caráter bioquímico, fisiológico, morfológico e anatômico (Piedade et al. 2010a). A vegetação alagável regula os sistemas hidrológicos fluviais e o clima regional, preserva a qualidade da água, e é habitat para inúmeros representantes da fauna terrestre e aquática, incluindo muitas espécies endêmicas (Junk 2000), indicando a relevância de estudá-la.
Tomando como base a hidrologia, especialmente a regularidade da oscilação do nível da água, as AUs amazônicas podem ser divididas em: 1. Áreas sujeitas a oscilações periódicas do nível dos rios, como as áreas alagáveis ao longo dos grandes rios Amazônicos, com um pulso anual monomodal de inundação; 2. Áreas sujeitas a pulsos de inundação episódicos, como verificado nos pequenos rios dentro da floresta de terra-firme, onde chuvas localizadas podem promover fortes eventos de inundação de curta duração (Junk 2002, Junk et al. 1989). Considerando a origem geológica, quando influenciadas por rios de origem Andina as AUs amazônicas são denominadas de várzeas, e quando os rios associados têm origem nos escudos pré-cambrianos e paleozóicos recebem a denominação de igapós. As várzeas (ex. rio Amazonas) têm fertilidade e produtividades relativamente altas. Ao contrário, nos igapós predomina elevada acidez dos solos e água e baixas produtividades, sendo possível dividi-los em igapós de águas claras (ex. rio Tapajós), e de águas pretas (ex. rio Negro). Estimativas sobre a cobertura espacial das florestas alagáveis amazônicas variam entre 244.000 km2 para florestas de igapó, e 400.000 km2 para florestas de várzea (Junk et al. 2011).
O conhecimento desses ambientes é bem modesto em relação à região estuarina, com pulsos de inundação bem menores. Da mesma forma, ele é insipiente para os igapós de águas pretas e, principalmente, claras. Por outro lado, as áreas úmidas que ocorrem ao longo da enorme trama de pequenos rios da região (igarapés) ainda são pouco estudadas e as informações sobre esses ambientes são muito limitadas. Entretanto, eles cobrem cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados da região (Junk et al. 2011), e são de extrema importância por abastecerem de água os grandes rios e, principalmente, por representarem locais iniciais de adaptação da flora de terra firme às áreas alagáveis, conforme postulado por Wittmann et al. (2010).
Tendo como base os pontos de ocorrência da diversidade local, os dados ambientais associados e analisando sua influência sobre a distribuição das espécies, a presente proposta visa determinar a estrutura da vegetação arbórea e os estoques de biomassa e carbono em florestas de áreas úmidas de maior fertilidade na região estuarina (várzeas de águas brancas) e de menor fertilidade (igapós de águas pretas e claras), em rios de três diferentes ordens em três bacias hidrográficas amazônicas; comparar a similaridade ambiental (solo, pulso de inundação, cotas de ocorrência) à florística e estrutura da vegetação. Para espécies selecionadas nos diferentes trechos de rios de cada bacia determinar o crescimento, biomassa e estrutura genética em cada contínuo hidrológico e entre eles.
REDE RIPÁRIA
Foto: acervo Grupo Maua
 
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